domingo, 14 de dezembro de 2008

Qual é a verdadeira responsabilidade que as pessoas públicas possuem?

Por: Politicamente Incorreto




Bom, foi isso que eu andei me perguntando esse final de semana desde que eu soube da morte do já não tão ilustre ex-marido da mala global Suzana Vieira. Nada contra ambos já que o que pode ser mala para a minha pessoa, pode ser a última Coca-Cola do engradado para outras. Outro fato também é que embora eu me interesse muito por fofocas alheias (como todo mundo, eu só admito publicamente enquanto muitos pseudo-intelectuais fingem que não se interessam) nunca entrei muito no mérito da situação quem está errado, quem está certo. Afinal já dizia minhas falecidas avós “Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Não é mesmo?!

Pois é, embora esse ditado seja mais antigo que andar pra frente não foi isso que Ana Maria Praga (ops , desculpe, Braga) fez. Talvez por não conseguir mais o primeiro lugar de audiência no horário ou talvez por sentir na carne o problema, já que também é uma sexagenária rica sem grandes dotes físicos (embora como Suzana Vieira, ache o contrário) casada com um trintão. Não é que em um de seus programas, Ana Maria desceu a lenha no finado ex-marido de Suzana o chamando de cafajeste e mau caráter e que se ele tinha um bem a fazer à humanidade era sumir da face da terra! E que de acordo com os pais do falecido, foi a partir desses comentários que a senhora honestidade e integridade fez que o supracitado entrasse numa descendente que o levou até a morte! Não só isso, de acordo com os pais do ex marido todas as propostas que lhe haviam sido feitas foram retiradas após o desnecessário ataque da apresentadora e agora juíza de família.

Não vamos entrar no mérito do certo ou errado na relação. Cada um sabe aonde aperta o próprio sapato. Não venham me dizer que mulher de quase 70 anos como Suzana Vieira não sabia o que lhe podia ocorrer casando-se com um homem com quase metade da sua idade. E ninguém sabe o que é ser casado com Suzana Vieira. E, portanto, partindo desse princípio, não há porque se julgar a atitude dele ou dela.

E não é sobre isso que eu quero falar ou discutir. O que me traz aqui é uma simples pergunta: É para isso que Ana Maria Braga ganha o seu gordo salário?! É para ficar tomando dores de sua amiguinha pessoal que foi corneada?! Acredito que não. E o que mais me espantou foi o ataque de moral e bons costumes que a apossou neste episódio. Será que no mesmo manual que condena o adultério, absolve se ele for feito por uma mulher bem sucedida profissionalmente que abandona um marido que foi ex-segurança para correr atrás de um garotão bem mais novo?

E o pior de toda essa história é que não vi um pedido de desculpas público da apresentadora. Só li um comunicado que sente muito pelos familiares e sua amiga pessoal Suzana Vieira. Será que isso é o que basta Dona Ana Maria? Será que se fosse ao contrário, se fosse Suzana que fosse pega num caso de adultério você daria o seu showzinho particular? Ou mais, se por ironia do destino fosse Suzana Vieira que tivesse morrido de uma overdose por causa do turbilhão que passa a sua vida, você só sentiria muito ou iria dar mais um show particular clamando aos quatro ventos por justiça? A sua justiça!

Não sou a favor nem de Suzana ou de Marcelo, tampouco tenho ou tinha simpatia por ambos, mas acho que neste caso tudo era uma coisa entre os dois que ninguém nem o público deveriam saber. Embora, jornalistas da imprensa marrom cocô como Leão Lobo, Sonia Abraão e Nelson Rubens digam que estão apenas informando e que o povo precisa saber dessas coisas

ou que a pessoa que opta pela carreira artística tem que saber que vai abrir mão de sua privacidade. Pessoas públicas existem desde sempre, mas só de uns 10 anos pra cá que existe essa busca incessante pela vida alheia.

A pergunta inicial do post foi feita porque eu mesmo não acho que uma pessoa pública tem responsabilidade sobre os atos de uma terceira pessoa que se sinta influenciada pela celebridade referida. Não acho que se alguém famoso diz “Fumo maconha para relaxar de um dia estressante” ou “Ser homossexual é o que me faz feliz” vai aumentar drasticamente os usuários de maconha ou teremos um surto de homossexualidade. Ou se deve jogar a responsabilidade nela caso isso aconteça. Isso é uma coisa, outra coisa é alguém com poder de voz de entrar em milhares de casas (No caso, nem tantas assim) sair julgando pessoas a torto e a direito emitindo opiniões desvairadas sobre terceiros por causa de um fato que nem lhe diz respeito. Isso me incomoda sim. Foi assim que agiu Charles Manson com a Manson Family e Jim Jones com sua seita.

São fatos com proporções totalmente diferentes, mas com métodos parecidos. Da mesma forma como Marcelo se drogou até morrer um (a) fã mais desequilibrado de Ana Maria Braga poderia achar muito bom que o Marcelo realmente sumisse da face da terra. E se fosse assim, como é que seria? Você apenas sentiria muito também?

Portanto Dona Ana Maria mantenha-se ao script, cozinhe, faça matérias banais sobre ornamentos de mesa de centro. É por isso que a senhora tem um tele prompter na sua frente. Se confiassem plenamente na sua “mente brilhante” eles não usariam de tal artifício e lhe deixariam livre para improvisar.

Da próxima vez, fale mal do ex apenas para a sua amiga e não esqueça outro velho ditado que diz “Quem tem telhado de vidro, não joga pedra no dos outros”





Veja o comentário aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=NSJhZvizOv0


E veja também o comentário feito após a morte de Marcelo. (Notem o sorrisso auto censurado na boca da apresentadora)

http://www.youtube.com/watch?v=GhBSE_DknFg


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